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Artigos Periódicos
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   Uma palavra sobre a digestão.


   A digestão química é um ato de fermentação por que passam os alimentos no tubo digestivo. Essa fermentação, principalmente no estomago e intestino, deve acontecer dentro de um limiar de normalidade adequada para que as alterações químicas que nela tem lugar propiciem a transformação do alimento de modo a poder ser absorvido e incorporado ao sangue e tecidos do corpo. Toda alteração fora desse limiar de normalidade compromete parcial ou totalmente a incorporação (não confundir com absorção) das substancias alimentícias por maior que seja o seu teor nutritivo. Quanto mais rápido um alimento é transformado pela digestão, maior será seu aproveitamento pelo organismo. Os princípios envolvidos na digestão encaminham-nos para o fato de que um alimento nutritivo deve ser medido pelo seu grau e condições de digestibilidade. A digestão em que a fermentação do alimento ocorre dentro da normalidade, seu produto final vai servir de combustível, matéria de construção e de reparo, atendendo dessa forma a toda necessidade fisiológica e anatômica do organismo. Se a digestão dos alimentos é de tal natureza então, de fato e de verdade, podemos falar em nutrição alimentar.

   O mecanismo pelo qual os alimentos se alteram no tubo digestivo é, a elevação á princípio, da temperatura das paredes mucosas do estomago e intestinos por reações nervosas e circulatórias, devido aos alimentos impróprios ou que lhes chegam de forma inconveniente para sua digestão. Essa febre gastrintestinal retira dos órgãos digestivos sua camada mucosa incidindo diretamente sobre suas paredes desidratando-os enrijecendo-os e tirando destes a flexibilidade natural e impedindo de cumprirem suas funções. As alterações dos alimentos se refletirão sempre por má elaboração do seu quimismo ou má eliminação dos seus excrementos, ainda que seja na ausência de sintomas. Esse estado de coisa pode chegar a tal situação que nem mesmo o alimento mais salutar do ponto de vista vitalista, que seria bem assimilado em condição normal, pode oferecer nutrição correspondente. Nestes casos é mister que se intervenha sobre a digestão com terapêuticas apropriadas para normalizar suas condições.

   Excetuando os fatores externos, o homem só perde sua saúde quando perder sua normalidade digestiva. Guardando as devidas exceções, dizemos com segurança que, o ser humano, começa a adoecer pelo tubo digestivo. Porque no ventre está formado o laboratório da vida ou da morte, da doença ou da saúde. Dissemos  numa das secões deste site que o tubo digestivo é o centro das demais atividades orgânicas. Portanto, do processo digestivo depende o estado de saúde do corpo e em grande parte, a natureza das doenças. Mesmo as doenças que não tem relação direta com o tubo digestivo guardam laços ínfimos com as alterações na digestão. Quando crônicas, as alterações mórbidas no processo dessa alteração fermentativa na digestão dos alimentos, não só é a razão como é o agravante de inúmeras das enfermidades e mortes prematuras que acometem a humanidade.

Absorção. A massa viscosa que se forma sobre as paredes do estomago e intestino além de servir de proteção para estes órgãos da ação ácida formada pelo quimismo digestivo, se presta igualmente como barreira de defesa contra a absorção dos excessos de nutrientes, de substâncias pré-digeridas e de germes e moléculas de ação toxêmica indesejáveis. Ao destruir ás substancias mucosas protetoras dos intestinos e limitadoras de absorção das substancias alimentícias e dessas outras tantas, a febre gastrintestinal, promove um aumento da permeabilidade das paredes intestinais, não só facilitando a super nutrição, como permitindo o fluxo das bactérias exógenas (que são ingeridas com o alimento), e suas toxinas para dentro da corrente sanguínea. Muitas das vezes são metais pesados como alumínio e outros, vindos das panelas e talheres com os quais se preparam e manuseiam esses alimentos, que são vertidos da luz intestinal para os líquidos corporais, gerando reações toxêmicas. Quando essa hiper absorção diz respeito a moléculas alimentícias (ex. carboidratos, proteínas, gases etc.), quer seja por seu peso molecular impróprio, ou pelo seu grau de tolerância quantitativa, o corpo responde com reações alérgicas que vão desde uma simples manifestação cutânea, até uma situação extrema que muitas vezes pode ser fatal, como convulsões ou choque anafilático por exemplo.

A absorção de uma substancia, portanto, não significará que sua assimilação e utilização para fins biológicos estarão garantidas. Sabemos que substâncias tóxicas e até mesmo bactérias, podem alcançar o sangue a partir da luz intestinal pela absorção.  Dentro do campo da digestão a absorção é apenas parte integrante de todo o processo de transformação para capturarão e assimilação dos substratos alimentares.   

Assimilação. A introdução de uma determinada substancia ou partícula no interior do ambiente celular ou da própria célula, não quer dizer que tal sustância ou partícula foi assimilada. Assimilação não é uma etapa final independente das transformações químicas digestivas antecedentes, mais sim o resultado final dos processos dessas transformações. A assimilação não é uma secão estanque isolada. Ela não se faz independente dos processos que a precedem. Sabemos que quando não há uma substanciosa digestão de um determinado artigo alimentar é de se esperar que de alguma forma não haja um aproveitamento orgânico satisfatório em sua biossíntese. Pela mesma maneira, quando se insiste numa alimentação ou em hábitos alimentares que não atende ás exigências mínimas para a assimilação, a resposta negativa do organismo se fará sentir muitas das vezes na própria digestão.

A forma e a circunstãncia em que as substancias alimentícias se apresentam para serem assimiladas, determinaram sua assimilação. Fatores como concentração de nutrientes, natureza molecular e condicionamento celular, são alguma das condições determinantes. É por acreditar que a biossíntese será sempre uma aceitação e não uma imposição molecular, que concluímos também que a nutrição não é uma imposição e sim uma condição. Lembremos da máxima trofológica vitalista: “Sempre que for colocada uma substancia alimentícia qualquer em condição de ser elaborada pelo o organismo o organismo se colocará em condição de recebê-la”. No caso oposto, haverá seguramente uma reação contraria.

Todo organismo animal possui um poder digestivo que lhe é inerente. (segundo sua constituição genética e condição fisiológica). A essa capacidade fisiológica de transformação química denominamos de "potencial digestivo".  A digestibilidade alimentar como já foi anunciada, é as virtudes que um alimento possui de se conduzir em transformações organolépticas próprias. Uma vez que retomamos esses devidos conceitos, fica fácil compreender que a assimilação será sempre á expressão final dos processos em que digestibilidade alimentar e potencial digestivo, se acharam envolvidos em todo o tempo e em grau variado.

 

Desassimilação. Tão importante para que um organismo mantenha sua condição nutricional, é que ele possa eliminar os dejetos finais do seu metabolismo. Há só uma via digestiva pela qual os alimentos são introduzidos e assimilados pelo corpo, porém, são vários os caminhos por onde o corpo elimina seus refugos. Isso por si só já justifica que a eliminação é no mínimo, tão importante quanto á assimilação no campo da nutrição. Uma barreira na eliminação dos dejetos metabólicos é um sinal seguro de que houve desatenção ou quebra de um dos princípios exigidos pela lei da digestibilidade ou a transgressão de uma ou mais das leis da dietética que aqui apresentamos. (não estamos considerando aqui os fatores extrínsecos ao alimento, como os de causa orgânicas endógenas ex: envelhecimento, doenças debilitantes progressivas (falência renal) ou paralisia cerebral; ou os de natureza exógenos, exemplo: falência do potencial digestivo por acidentes; ou paralisações das funções por envenenamento ou intervenção tóxica por drogas ou medicamentos). A verdade é que uma desassimilação deficiente será sempre fruto de uma digestão deficiente. E os dejetos dessas deficiência seguirá sua obra por está em constante transformação, provocando um estado inflamatório tecidual crônico, que se manifesta em forma de um calor interno (que o mestre Acharan classificou de febre interna), principalmente nos orgãos e víceras.

   O Dr. Helion Póvoa em sua obra intitulada, “A chave da longevidade” (na pag. 24), cita que na infecção por HIV, há uma proteína nomeada de NFKB que é produzida com intensidade no organismo do infectado. E que essa proteína é fundamental para que o HIV possa se multiplicar. Curiosamente, essa proteína NFKB é formada em grande escala, também, nos demais processos inflamatórios do organismo. Com base no fato observável de que toda inflamação é acompanhada de calor anormal dos tecidos inflamados, pode se pensar que essa proteína é sintetizada por esses tecidos sob tal condição térmica, e que esse critério de reprodução viral do HIV pode ser regra para os demais vírus. (Então, mais uma vez, o velho e saudoso mestre acharan estava certo quando intuía que toda doença parte de um calor interno anormal no interior dos tecidos).

 

    O processo inflamatório desencadeante supracitado, surge do acumulo de matéria morta, de natureza polimorfa e bioendógenas  (mas tambem de naturea ecogênicas)), levada á termo por uma deficiente digestão e igual drenagem (entupimento humoral). sob está condição atuam os diversos germes intermediários com suas mais diversas classificações. De uma forma ou de outra a virulência de um germe será sempre condicionada a condição digestiva e o grau de saturação acida dos humores corronpidos do corpo doente (toxêmia sangue-linfa).

 

As complicações morfofisiológicas que como resultados têm lugar no organismo, nada têm a ver com as doenças clássicas, seja o organismo portador enfermo sintomático ou seja seu estado assintomático. As chamadas infecções, são diante desse quadro de toxemia organoleticas um fator secundário. Diante do exposto afirmamos que a verdadeira cura é mais uma questão de higiene ativa do que uma virtude medicamentosa ou cirúrgica, visto que o foco de atenção não são os fatores secundários da alteração humoral, mas, o escoamento do corpo desses humores corrompidos promovendo a preservação e reconstrução de novas matérias vivas, normalizando as funções.

 

   Além de nos humores corrompidos no organismo, uma outra fonte vertente de toxemia para as células é o interior do próprio tubo digestivo, cujo o processo da digestão está alterado. por isso é que, se tratando, de higiene orgânica, deve se dar atenção especial, ao aparelho digestivo, em particular aos mecanismos de eliminação dos dejetos alimentar que transitam pelo ventre. A primeira atitude a ser tomada nas realizações das praticas higienístas naturológicas, deve partir do principio de que “a sujidade interna de um corpo corresponde à qualidade de funcionamento e drenagem do seu tubo digestório”. No tubo digestivo aquilo que não foi digerido e eliminado vai se transformar em uma massa morta para a nutrição, sofrendo a ação constante de bactérias que ali habitam, e pelo calor sempre constante produzido pelo atrito dessas massas nas paredes entéricas as mantêm em decomposição permanente tornando-se fonte de intoxicação e cultura apara todo tipo de bactéria, vírus e parasitas (ver video no final deste artigo). Tomemos como guisa de exemplo as proteínas. Quando por qualquer razão - que são varias – as proteínas não são devidamente absorvidas, os aminoácidos que ficam nos intestinos sofrem pela ação das bactérias colônicas degradações do tipo descarboxilacão e desaminação, deixando de serem aminoácidos inertes e resultando em produtos altamente ativos e tóxicos para todo o organismo.

 

   Sob ação das bactérias colônicas, a tirosina perdendo seu grupo carboxila transforma-se em tiramina que é um parente próximo da adrenalina. É sabido que a adrenalina, exerce uma ação constritora sobre os vasos sangüíneos onde atua, aumentando a pressão no interior desses vasos. Já o metilmercaptano que é formado a partir da decomposição – descarboxilacao - do aminoácido cisteína, ao contrario da tiramina, seu efeito mais marcante é o de baixar a pressão arterial. Da decomposição dos aminoácidos no cólon, são formados outros produtos tóxicos. Os mais conhecidos até agora bem como suas conseqüentes ações no organismo são:

 

(Escatol e endol) derivados da desaminacao do triptofano  (responde por parte do odor desagradável nas fezes. Experiências demonstraram que quando são administrados via oral, em uma quantidade expressiva causam dores de cabeças e tonturas).

 

(Triptamina) derivado da descarboxilacao do triptofano pode aumentar a pressão sangüínea.

 

(Colamina) derivado da decomposição do aminoácido servina (tem ação tóxica semelhante a do álcool. (Álcool aminoetil).

 

(fenol) derivado da descarboxilacão da tirosina  (tem ação irritante sobre os tecidos com que entra em contato.

fonte de pesquisa: Nutrição para vegetarianos; Drs. Aghatha e Calvin Thrash.

 

   Não defendemos a idéia de que a doença se alastra pelo corpo a partir de um ponto inicial lesado, isso vai de encontro á teoria dos humores, (a teoria wirchowiana defende a tese de que a doença é um fenômeno local independente do resto do organismo e que a propagação e generalização da doença se fazem de forma sucessiva a partir do ponto lesado) mas, se esse ponto de partida existe, ele é sem duvida o tubo digestivo. Até porque, os dois pilares que sustentam a nutrição são a assimilação e a eliminação. Um organismo que já não é capaz de drenar seus dejetos tem seguramente uma instabilidade nutricional e funcional.

 

            No meu ver a intoxicação humoral é dentro de um escopo mais amplo de uma compreensão nutricional, uma forma de desnutrição corporal. Não se trata nesse caso, de apenas procurar nutrir o organismo. Se alguém alega que para um corpo intoxicado cabe uma administração de maior concentração de nutriente – mim refiro ao conceito analítico da nutrição convencional - desconhece que a intoxicação humoral é seguramente a causa da latência e diminuição da forca vital no organismo e que sem a essência vital os nutrientes não serram assimilados. A não ser que se confunda corpulência com estabilidade nutricional corpórea.

 

Não existem doenças. O que existe é intoxicação em maior ou menor grau. E o grau de intoxicação pode se conhecer pelo nível do potencial de digestão e eliminação. Ou seja: a disponibilidade das massas vivas sobre as massas mortas, dos detritos, resíduos, toxinas e demais substâncias estranhas á vida celular. Destarte, um programa de nutrição com resultado efetivo para o organismo, precisa ser precedido ou atrelado a uma desintoxicação orgânica. E a desintoxicação orgânica é o ato de higiene pela falta do qual o corpo verdadeiramente perece.  



 

 

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O caminho para a perfeição consiste em ser pequeno, a chegada á perfeição consiste em ser menor e, a perfeita grandeza consiste  em ser nada.